O maior dos problemas do Athletico pode ser Felipão
Perder como perdeu (1 a 0), em Maceió, é o menor dos problemas do Athletico. Na Baixada, com a imposição da torcida, a reversão contra o sofrível CRB mais do que possível é provável.
O maior dos problemas é outro e todos sabem: com Paulo Turra no comando técnico não há futuro. E de imediato é um problema sem solução porque o cargo pertence ao diretor Luiz Felipe Scolari, que terceirizou-o a Turra.
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Não adianta Felipão continuar querendo ensinar seu pupilo sobre o que fazer ou deixar de fazer. Há mais de seis anos estão juntos, e Turra ainda não aprendeu em razão da sua extrema dificuldade de raciocínio sobre táticas.
E a partir da ausência de um técnico lúcido que começam a surgir consequências perigosas para o Athletico: a absoluta falta de ordem tática já começa a refletir na condição individual dos jogadores.
À exceção do goleiro Bento e Thiago Heleno, todos a cada jogo estão acusando a redução em sua qualidade. Defeitos individuais que haviam sido superados estão voltando. Os exemplos definitivos são Fernandinho, David Terans e Vitor Roque, os grandes talentos do time. Inseguro e nervosos, estão errando passes, cansando, são obrigados a cometerem faltas com censura de amarelo, e perder gols.
A responsabilidade já não é mais de Turra. Ele é apenas um instrumento pelo qual Felipão terceiriza o cargo de treinador.
Desde 2010, quando voltou para o Athletico, o presidente Mario Celso Petraglia não havia outorgado poderes absolutos para o comando do futebol. Outorgo-os a Felipão.
Em situação idêntica, Petraglia determinou a saída de António Oliveira mesmo resultando na saída Paulo Autuori. O Athletico era mais importante que os dois. Não o faz com Turra porque espera por um ato leal de Felipão.
Espera-se que Felipão tenha pelo Athletico o mesmo respeito que o clube está tendo com ele.