O Coritiba está salvo no Brasileirão. Apenas uma questão de justiça
Couto Pereira, Brasileirão: Coritiba 1x0 Flamengo.
O Coritiba, que já tinha sido programado para voltar à Segundona, manteve-se e no final o fará com sobras, no Brasileirão.
De início, quero fazer uma confissão: gostei da permanência dos coxas na elite do Brasileirão. Gostei porque antes de tudo, da sorte que interviu em Caxias, do excepcional jogo que fez contra o Flamengo e da vitória com o gol de pênalti de Alef Manga, o alcance da salvação foi uma questão de justiça.
Parece ser uma contradição afirmar que há justiça para um time que passou quase todo o campeonato entre os últimos, e só no final encontrou a tábua da salvação.
O justo não está apenas nas grandes conquistas. Nessas, no futebol, em especial, ele até se torna uma obrigação em razão do poder do dinheiro que compra, faz jogar e enfrenta interesses.
Quer queiram, quer não, no caso do Coritiba, fez-se o justo da essência da verdadeira justiça. Da fé da torcida que carregou o time no Couto Pereira, do sacrifício dos dirigentes que, em um clube em recuperação judicial, buscaram recursos em fontes esgotadas, do treinador Guto Ferreira, que trouxe paz no vestiário e ordem no campo, e dos jogadores que resignados com os seus limites, foram à luta em busca da salvação.
Os coxas nunca desistiram. Isso é o justo em estado puro no futebol.
Essa coluna é dedicada aos coxas e para alertá-los que, no futebol, o justo tem vida curta.