O caso Vitinho: o dinheiro não é a questão, é a solução
Só lembrando, Vitinho, o melhor jogador do Athletico, está sendo negociado com o Bordeaux por R$60 milhões. Há críticas contra ao Furacão (leia-se Mario Celso Petraglia). “Só se pensa em dinheiro”, dizem os críticos.
As críticas não são justas. Não aceitando estender o seu contrato, Vitinho estaria livre para ir embora em 2022. Diante do risco potencial de perda dos direitos, não se poderia recusar a proposta dos franceses. Aí não é gostar de dinheiro, é obrigação de proteger o patrimônio do clube. E Abner, também, deve ser negociado.
Os atleticanos não devem se auto enganar presumindo que, sendo rico por ter patrimônio, o Furacão tem dinheiro. E, nem rico, ainda, o é. Será no momento que resolver as pendências que alienam a Baixada e o CT do Caju pela dívida com a Paraná Fomento, o que não está perto de acontecer.
É que o acordo tripartite ficou um pouco mais longe, diante da sentença do Juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública, que só reconheceu o aspecto formal da prova pericial que indicou o valor da Baixada. Não deu valor ao seu conteúdo, que são os números em milhões que o Furacão gastou. A sentença tirou a referência judicial de valor que a perícia concluiu.
A questão que submete Mario Celso Petraglia à críticas é outra: o Athletico não revela mais jogadores. A exceção do razoável Christian, não há um único que possa ser aproveitado como reposição. O retorno de Bissoli é uma afronta à torcida que já tem que sofrer com Kayzer e Mingotti.