Uma notícia que já estava escrita: o Athletico entra na zona de rebaixamento
Assim estava sendo escrito desde que o ano do centenário começou, e assim se fez: o Athletico, que foi descartado da Copa do Brasil, eliminado da Sul-Americana, agora, no Brasileirão, entrou na zona de rebaixamento.
E o fez tomando 5 a 2 do Corinthians, em Itaquera. Não há forma que provoque tanto o sentimento de perda, de humilhação e de mágoa do torcedor.
Confesso, que estou diante de um dilema, que é o seguinte: como o Furacão irá se salvar? A goleada de 5 a 2 poderia até ser um motivo simbólico para uma reação com tomadas de providências.
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No entanto, há um presidente, Mario Celso Petraglia empobrecido de corpo e de alma, que transfere poderes para o seu cão de guarda, Márcio Lara, responsável direto pela gastança de R$ 80 milhões nas contratações do prometido “grande time”. Não há como não lembrar de Lara quando Di Yorio entra em campo.
Há um técnico, Lucho González, que foi contratado como executor das teorias já envelhecidas de Paulo Autuori, uma grande decepção. Já sinto pena de Lucho, uma figura tão nobre na história do Furacão e, agora, servindo como escudo de dirigentes e executivos.
E, há um time notoriamente medíocre, cujo estoque tático, técnico e físico não dura mais do que dez minutos, como em Itaquera.
Mais grave: um time recheado com os gringos de Lara, descompromissado. O segundo tempo, em Itaquera, foi de um time descaracterizado por falta de moral, falta de orgulho pessoal e profissional, como se estivesse seguindo o roteiro de um determinado fim.
Há tempo e condições para que o obituário não seja publicado. Depende de Petraglia tomar uma providência enérgica.
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