No Mineirão, o imperial Athletico foi o nosso: 3×2
Pelo Brasileirão, no Mineirão: Atlético-MG 2x3 Athletico.
As vitórias no Mineirão, sobre o Galo, campeão do Brasil e da Copa do Brasil (2021) sempre têm uma sobrecarga heróica. Bem por isso, a vitória do Furacão por 3 a 2 foi um carinho de amor, um brinde ao coração dos rubro-negros da Baixada.
Como o futebol tem uma justiça poética, que se chama destino, o Athletico ganhou da forma mais bela que existe de ganhar, com as coincidências divinas e um gol da forma que impacta o coração de quem marca e que sofre.
Sempre que o Galo estava vencendo, com os gols de Igor Rabello e Pavón, o Athletico empatava. Coisa só para os eleitos. E, aí, pela coincidência divina e não coincidência de fato, porque Vitor Roque já é uma verdade.
Fez dois gols no mesmo Mineirão em que nasceu fazendo gols pelo Cruzeiro, rival histórico do Galo. Fez dois gols, onde Ronaldo Nazário seu ex-patrão, fez seus primeiros gols para depois se transformar no Ronaldo Fenômeno, pelas manchetes da Gazzetta dello Sport.
E, daí, para ganhar o fez da melhor forma de provar a personalidade de grande e testar os corações. É quando se faz de humilde usando todos os recursos defensivos, escondendo a verdadeira ambição que é a vitória.
É quando ganha a bola e saí por inteiro em contra-ataque. E então, com uma fidelidade comovedora vai em encenar o último ato, tirando do coração o último suspiro e a última gota de suor.
Foi assim que Canobbio, na última bola do jogo, quando o cronômetro já batia o final, completou um contra-ataque, que vai servir de paradigma de um jogo coletivo e condições físicas de um time de futebol. Foi impossível não lembrar do lance final de Michael Jordan pelo Chicago Bulls contra os Lakers, na segunda partida das finais na temporada 1990-1991.
Athletico tem que ter Vitor Roque e Alex Santana contra o Estudiantes
A pena dançando de tanta emoção, não esquece de escrever que o jogo escalou Vitor Roque e Alex Santana para a decisão em La Plata.
Roque foi divino e por isso esteve acima de todas as coisas.
Alex Santana entre os humanos foi o melhor em campo.