Nikão não joga no Morumbi. O dinheiro é do Athletico ou de Márcio Lara?
Nikão tem contrato com o São Paulo até dezembro de 2024. Entre as condições para a cessão temporária ao Athletico está a multa de R$ 1 milhão caso jogue contra o time paulista.
Nikão foi excluído do jogo do Morumbi por Márcio Lara, diretor financeiro do Athletico. Afirma que não compensa pagar R$ 1 milhão para ter o jogador.
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No entanto, Márcio Lara foi quem comprometeu o Athletico a pagar 750 mil dólares líquidos por ano, por um contrato de quatro anos ao argentino Di Yorio, 29 anos. E pagar mais 7% do total do salário bruto durante 24 meses ao empresário Pablo Rivero.
Convertendo em real: Di Yorio, em quatro anos, receberá acrescido de encargos sociais R$ 22,3 milhões. Para o empresário, R$ 1,55 milhão. Total: R$ 23,85 milhões. Considerando que Di Yorio em 16 jogos fez sete gols, cada gol custou R$ 850 mil.
Nikão foi excluído do jogo do Morumbi por Márcio Lara, diretor financeiro do Athletico. Afirma que não compensa pagar R$ 1 milhão para ter Nikão.
No entanto, Márcio Lara concordou que o Athletico se comprometesse a pagar, e como está pagando, R$ 18 milhões por Gamarra e Benítez, e R$ 8 milhões por Leo Godoy. Benítez, nem bem chegou, foi embora. Gamarra sempre foi reserva, e Godoy mais sai do que entra.
Desde que Lucho González assumiu, Nikão tornou-se um meia de referência e tem feito boas partidas. Contra o Cruzeiro, na vitória que quebrou a rotina de fracassos, foi decisivo.
À essa altura do campeonato, para calçar a tendência de queda, o Athletico tinha a obrigação de usar todos os seus recursos. Nikão é um deles. Mas, Márcio Lara, que aceita continuar pagando por mês a Di Yorio R$ 450 mil líquidos, mais os 7% sobre o salário, para o empresário Pablo Rivero, acha que Nikão não vale o que São Paulo exige.
Em resumo, quero dizer o seguinte: Márcio Lara é uma das boas explicações para a atual situação do Athletico no campeonato. Todos os erros, direta ou indiretamente, passaram e passam por ele.
Parece até que o dinheiro que tem no caixa não é do Athletico.
E diante da enfermidade do presidente Mário Celo Petraglia, o silêncio de Glomb e Gaede e da omissão do Conselho Deliberativo, sufocam de angústia a torcida do Furacão, tornando-a impotente.
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