Pelos números, Nikão carrega o Athletico nas costas
Não sou muito apegado às estatísticas do futebol. Mas, algumas me pegam e me rendem. Vai ano, vem ano, e lá se vão cinco anos, quando nada ou quase nada resta para o Athletico recuperar e equilibrar os seus números em um campeonato, sempre resta Nikão.
Desde que o meia chegou na Baixada (janeiro de 2015), o Furacão não foi tão dependente e não encontrou tanto consolo no seu futebol como nesse campeonato. Desvalorizado frente a Marquinhos Gabriel, Carlos Eduardo, Aguilar, Richard e Geuvânio, é Nikão que está afastando o time da pobreza de números. Sem ele neste Brasileirão, o Athletico, em 11 jogos, teve uma única vitória e marcou apenas quatro gols.
Esse protagonismo de Nikão prova o que para os atleticanos? A resposta está no ponto de vista de cada um como se deve ter o Athletico dentro do cenário do futebol brasileiro. Sabe-se que as suas virtudes técnicas (e que não são poucas) são dependentes de um regime físico e alimentar que, às vezes, o levam à exaustão.
Nikão jogaria em qualquer clube brasileiro
Para os mais exigentes, Nikão poderia ser essa exceção que é, somente razão do Athletico ser racional na formação de times que acabam influenciados mais pela sua estrutura do que pela individualidade de cada um.
Esse fato é verdadeiro, não há dúvida. Mas, hoje, o futebol de Nikão ganhou tanta qualidade, a sua experiência lhe ensinou os caminhos da criação, que jogaria em qualquer time brasileiro.
Pelé é insuperável
Os ingleses gostam de números e de escolher os melhores. E, sempre que podem, provocam as marcas de Pelé.
Todas as colunas de Augusto Mafuz
O conflito entre os gols em partidas oficiais marcados por Messi e Cristiano Ronaldo com os de Pelé, torna-se irrelevante. Não passam de números.
É que Pelé não se tornou o maior jogador de todos os tempos só em razão dos gols que fez, mas do conjunto das suas virtudes como atleta. E essas, Messi e Ronaldo nunca as terão.