Nem oração, vela e novena salvam o Athletico no Maracanã
Fui à novena de Santo Antônio, acendi vela para São Francisco e pedi a Deus. Nada adiantou. O Athletico que não ganhava há 10 jogos e que perde desde que Lucho González assumiu. Voltou a perder: no Maracanã, para um sofrível Fluminense, 1x0. E, assim, continua afundado na zona de rebaixamento.
Uma boa lição para mim: oração e fé não bastam para evitar uma derrota. É preciso uma atividade humana razoável que parece ser impossível esse Athletico praticar. Com Kaique Rocha, Fernando, Madson, Felipinho, Gabriel, Pablo e Praxedes, e de técnico, Lucho González, não há santo que resolva.
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O Furacão, que tinha nos asteriscos (jogos atrasados) uma saúde matemática, ficou ainda mais achatado na zona de queda. É que o outro asterisco, que é o jogo com o Atlético Mineiro, poderá ser apagado antes de ser jogado. Basta não ganhar do Cruzeiro, o que ingressou mais no campo da lógica do que a vitória.
Essa derrota no Maracanã foi típica de um time, que na poesia de Geraldo Vandré "anda mal com Deus". É que a melhor chance de gol foi perdida pelo Athletico, pelo jovem Emersonn, na cara do goleiro Fábio. Logo depois, uma bola cruzada em cima de Thiago Heleno e Kaique Rocha, bateu no nariz de Cano, que não marcava há cinco meses, e entrou.
Mas continuo com a minha fé.
E é tão grande, que encontro um consolo onde é impossível existir no futebol, a derrota. A boa conduta da etapa final, talvez, sinalize que o time está com vontade de reagir.
Não é nada, não é nada, é uma ilusão.
Já é alguma coisa.
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