Na Vila, o Furacão faz o Paraná engolir o apito
Estadual, Vila Capanema: Paraná 0 x 1 Athletico. Já escrevo sobre o jogo.
Vi o clássico pelo Furacão Live, e iria fazer uma crítica sobre os excessos da narração e dos comentários. O fato de ser um canal oficial não deixar de ser uma prestação de serviços de conteúdo jornalístico. O próprio sócio ou o torcedor, não só do Athletico, gosta que em paralelo a imagem, tenha um um áudio que não confunda parcialidade com paixão.
Mas, aí, as lembranças de um tempo em que explodiam todas as paixões, imobilizaram a minha critica. Naquele tempo, a Rádio Cidade escalava essa equipe para transmitir, do Pinheirão, os jogos do Athletico: Carneiro Neto na narração, eu nos comentários, Ney Leprevost e Marcelo Ribeiro, nas reportagens. Há uma lenda que a paixão era tão indisfarçável, que em um gol em Atletiba, fosse de quem fosse, a rádio saia do ar.
Agora, trato do jogo.
Atlético e Paraná fizeram uma partida surpreendente. Se é possível usar o adjetivo melhor para um jogo deste torneio, pode atribui-lo para esse jogo da Vila. E, em especial, o jogo do Furacão na etapa final.
Veja a classificação do Paranaense!
Na etapa inicial, depois de saírem das amarras da marcação, foram atacar. E, ai, o Paraná foi superior, fato refletido na bola chutada na trave por Juninho.
O Paraná, sem Thiago Alves, e o Athletico, sem Lucas Halter, expulsos antes do intervalo, vieram com os nervos mais assentados. O resultado foi um jogo aberto, o que favoreceu o Furacão por um fato: Kawan, Denner e Jáderson por terem qualidade, causaram o desequilíbrio que um jogo igual precisa para ser decidido. E essa supremacia resolveu o jogo com o gol de Jáderson, e ao time teve profundidade.
Daí que, aos 16 minutos, Jáderson entrando pela esquerda, completou para o gol uma bola que saiu de Alvarado para Kleiton cruzar.
Com a saída de Denner, o Athletico deu folga ao Paraná que se sentiu folgado para ir à frente. Mas o máximo que conseguiu foi a ilusão de chutar mais uma bola na trave.
O Paraná fez de tudo para ganhar esse jogo. Sacrificou o árbitro escalado, tirando-o do jogo. Escalou outro, indicando-o a dedo.
Naqueles tempos em que explodiam as paixões, perder um jogo nessas condições é como engolir o apito.
Não tinha prestado atenção nesse menino Denner, que joga de 10.
Não sei não...
Foi o melhor em campo.