Opinião

Na Vila, o Furacão faz o Paraná engolir o apito

Por
Augusto Mafuz
30/04/2021 22:19 - Atualizado: 29/09/2023 19:52
Furacão vence o Paraná na Vila
Furacão vence o Paraná na Vila | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

Estadual, Vila Capanema: Paraná 0 x 1 Athletico. Já escrevo sobre o jogo.

Vi o clássico pelo Furacão Live, e iria fazer uma crítica sobre os excessos da narração e dos comentários. O fato de ser um canal oficial não deixar de ser uma prestação de serviços de conteúdo jornalístico.  O próprio sócio ou o torcedor, não só do Athletico,  gosta que em paralelo a imagem,  tenha um um áudio que não confunda parcialidade com paixão.

Mas, aí, as lembranças de um tempo em que explodiam todas as paixões,  imobilizaram a minha critica.  Naquele tempo,  a Rádio Cidade escalava essa equipe para transmitir, do Pinheirão, os jogos do Athletico: Carneiro Neto na narração, eu nos comentários, Ney Leprevost e Marcelo Ribeiro, nas reportagens. Há uma lenda que a paixão era tão indisfarçável, que em um gol em Atletiba, fosse de quem fosse, a rádio saia do ar.

Agora, trato do jogo.

Atlético e Paraná fizeram uma partida surpreendente. Se é possível usar o adjetivo melhor para um jogo deste torneio, pode atribui-lo para esse jogo da Vila. E, em especial, o jogo do Furacão na etapa final.

Veja a classificação do Paranaense!

Na etapa inicial,  depois de saírem das amarras da marcação, foram atacar. E, ai, o Paraná foi superior,  fato refletido na bola chutada na trave por Juninho.

O Paraná, sem Thiago Alves, e o Athletico, sem Lucas Halter, expulsos antes do intervalo, vieram com os nervos mais assentados.  O resultado foi um jogo aberto, o que favoreceu o Furacão por um fato: Kawan, Denner e Jáderson por terem qualidade, causaram o desequilíbrio que um jogo igual precisa para ser decidido. E essa supremacia resolveu o jogo com o gol de Jáderson, e ao time teve profundidade.

Daí que, aos 16 minutos, Jáderson entrando pela esquerda, completou para o gol uma bola que saiu de Alvarado para Kleiton cruzar.

Com a saída de Denner, o Athletico deu folga ao Paraná que se sentiu folgado para ir à frente. Mas o máximo que conseguiu foi a ilusão de chutar mais uma bola na trave.

O Paraná fez de tudo para ganhar esse jogo. Sacrificou o árbitro escalado, tirando-o do jogo. Escalou outro, indicando-o a dedo.

Naqueles tempos em que explodiam as paixões, perder um jogo nessas condições é como engolir o apito.

Não tinha prestado atenção nesse menino Denner, que joga de 10.

Não sei não...

Foi o melhor em campo.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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