Na Baixada, Marlos marca com coração: Athletico 2×2 Palmeiras
Baixada, Recopa Sul-Americana: Athletico 2 x 2 Palmeiras.
Por ter seus recursos limitados pela falta de planejamento para jogar a Recopa, do Athletico tudo poderia se esperar nesse jogo contra o Palmeiras. Até estar sempre no comando do placar e fazer o lúcido segundo tempo que fez.
Consciente das suas limitações em razão do tempo de formação, o Furacão sabia que poderia contar como fator de equilíbrio o estado febril de sua torcida.
Não foi fácil o primeiro tempo. Quando marcou com Terans, aos 19 minutos, já tinha se submetido à jogada padrão do Palmeiras: a bola de Veiga para alcançar Rony e Dudu, que sempre saíam na frente de Marcinho e Abner. Àquela altura, Santos já se tornava a diferença do jogo.
O gol de Terans pode ter criado ilusão, mas não criou certeza de vitória. É que o Furacão recuado aceitava a supremacia tática do Palmeiras. Os fracos Hugo Moura e Matheus Fernandes erravam passes, sacrificando Erick e Cittadini e abandonando o menino Rômulo no ataque.
As circunstâncias desse período do jogo conduziu ao fato lógico: o empate do Palmeiras com o gol de Jailson, que pegou uma bola da qual Abner teve medo de rebater. O empate a um gol acabou sendo de graça, porque a bola de Rony deu impressão que foi para as redes e acabou batendo na trave.
Por avançar Abner, Marcinho, Moura e Cittadini, o Furacão empurrou o Palmeiras ao sistema de defesa. Marcando Veiga, cortou o passe longo para Dudu e Rony. E, assim, passou a ser superior; e, superior, a criar chances contra Weverton.
O saudoso Geraldo Damasceno, o Geraldinho, sempre falava: “quem sabe jogar, joga a qualquer hora e em qualquer lugar”.
A lição de 30 anos atrás sempre é atualizada quando aparece um jogador do porte técnico de Marlos. Quando o jogo tinha o empate a um gol como destino final, ocorreu um fato excepcional: Marlos.
Na primeira bola que recebeu pela direita, aos 30 minutos, cortou para o meio e driblando para abrir espaços, chutou no canto contrário ao goleiro Weverton, marcando o segundo gol do Furacão. O Furacão, agora, merecia vencer porque era superior.
Como a bola é redonda e o futebol tem noventa minutos, em uma jogada casual dentro da área atleticana, Marcinho derrubou Wesley. Com Raphael Veiga, não há pênalti perdido (2x2).
O fato do Palmeiras ser favorito no Alianz nada significa. Aqui, pelas circunstâncias, ele também era. O jogo de São Paulo não vai muito diferente do que foi esse da Baixada. São dois times iguais, embora o Palmeiras seja mais formado.
PS: O áudio da TV CONMEBOL foi um desrespeito ao consumidor. Narrador tem de narrar e comentarista tem que comentar. No entanto, passaram a transmissão mandando abraços, agradecendo convites para o Porco no Rolete, esquecendo do jogo em si.