Lucho González no Athletico: um ídolo ou um técnico?
O uruguaio Martin Varini, “técnico do Petraglia”, foi embora. O argentino Lucho González, “técnico do Autuori”, chegou. E assim o Athletico, sem projeto, vai fazendo do improviso o seu método de vida.
Lucho González: a sua marca no Furacão como jogador é impagável. Das últimas gerações que jogaram pelo Athletico, com Fernandinho, é um único que pode ter o adjetivo de craque.
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Pela autoridade, pelo domínio da bola, pela visão que descobria o mais remoto e inimaginável dos espaços de campo para lançar ou chutar em gol. Em resumo, Lucho era majestoso jogando futebol.
Só que não tem, ainda, o cadastro de técnico. E o Athletico precisa de um técnico. Então, pergunto: contratou-se um ídolo ou um técnico? Um ídolo, pois técnico Lucho González ainda não é. Se não fosse indicação de Paulo Autuori, cravaria que foi uma contratação populista, que é aquela que desvia a atenção da torcida.
Autuori vê em Lucho González alguém que tem a alma atleticana, coisa que não existe nos “gringos” que Petraglia contratou. Lucho vai mostrar que vale a pena ser Athletico por algum tempo, não importando que seja argentino, uruguaio e paraguaio.
Com a vinda de Lucho, Paulo Autuori finalmente aparece
O mais importante desse novo incidente (saída e entrada de técnico), é que Paulo Autuori, finalmente, assumiu responsabilidade como diretor técnico. Já devia ter assumido há dois meses, quando foi contratado.
Por não querer entrar em conflito com Varini, por ser “o técnico do Petraglia”, ficou em silêncio. Os fracassos do Athletico na Copa do Brasil e no Brasileirão, também, entram na sua conta. Agora, com Lucho, a impressão é que quer pagá-la.
De qualquer maneira, não deve se cobrar resultados de Lucho. Para se ter uma ideia de como as coisas andam no CT do Caju, a caneta mais cheia é a de Paulo Miranda. Onde o Athletico chegou?
Lucho assume o time degringolado técnica, tática e emocionalmente. O que fizer e o que ganhar será lucro.