Libertadores: o Flamengo aliciou Terans?
Somente no dia 29 de outubro, em Guayaquil, Flamengo e Athletico irão decidir a Libertadores da América. No entanto, os cariocas já começaram a jogar o pior dos jogos: o dos bastidores.
O portal Goal noticiou e o jornal O Dia repercutiu a notícia de que o Flamengo procurou os agentes de David Terans, propondo-os a transferência em janeiro de 2023. E que o Furacão teria pedido R$ 25 milhões de reais. Se o Furacão não tivesse respondido (e não há certeza de que o teria feito), é aliciamento, que a lei esportiva pune.
O negócio em si é irrelevante. Se o preço for aceito, o Furacão tem é que vender. A questão é que o interesse de fundo do Flamengo é provocar uma expectativa no jogador que, não tendo personalidade forte, pode ser inibido em campo. O fato não me surpreende. A conduta de um clube presidido por Landin não é necessariamente ética.
Lembrei de 2005. De repente, um médico são-paulino prestou serviços a um dirigente da Conmebol, e a primeira final da Libertadores foi parar no Beira-Rio, em Porto Alegre.
Certa vez, perguntei ao falecido Fábio Koff, que levou o Grêmio ao primeiro título continental e ao seu Mundial, era preciso só ter time para ganhar a Libertadores?
Respondeu-me: “Só com grande time não ganha a Libertadores. Tem muita coisa que se joga fora de campo”.