Um improvisado Furacão começa a jogar a Libertadores
Cansado de ganhar a “segundona” continental (conceito infeliz do presidente Petraglia), o Athletico começa a jogar a sua oitava Libertadores. Contra o Caracas, em Caracas.
O Furacão é, entre todos os brasileiros, por falta de um plano de governo do seu futebol, o único enigma.
Sabe-se que Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo, por poderem, têm como único objetivo a conquista do título. Corinthians e Bragantino, ilusões; e, só por jogar, América-MG e Fortaleza já têm a vida resolvida.
Seria uma manifestação de pretensão extrema o Furacão indicar como objetivo a conquista do título? Essa pretensão pode até ter algum excesso, mas não seria extrema se a solução para algumas questões já tivessem sido dadas.
Há jogadores capazes para a formação de um time de competição, mas ainda, não há time. A permanência de Alberto Valentim no comando técnico pode frustrar a compensação tática que um treinador capaz poderia dar ao time, enquanto se espera pelo preparo de Canobbio, Cuello, Orejuela e Vitinho.
Quando é necessário escalar Marcelo Cirino, Khellven, Pablo e Matheus Fernandes, que logo serão reservas, e ainda sem Thiago Heleno, Erick e Cittadini, em recuperação, é possível afirmar que existe um estado de improviso. A posição de goleiro é o exemplo objetivo desse estado: sabendo-se que era desejo de Santos ir embora após a Recopa e que o Athletico aceitava liberá-lo, era lógico por ser necessário, que Bento jogasse o Estadual.
Nessa fase, a esperança maior é que, mesmo improvisado, o Furacão acusa uma tendência de superioridade aos adversários. É razoável que nem mesmo um Furacão em formação, portanto, improvisado, submeta-se ao Caracas (Venezuela), ao The Strongest (Bolívia) e ao Libertad (Paraguai). Classificado, com Bento, Orejuela, Thiago Heleno, Pedro Henrique e Abner; Erick, Canobbio, Cittadini e Terans; Cuello e Pablo, nenhuma manifestação de futuro será o extremo.