Opinião

O único que venceu o Atletiba: Juan Carlos Osorio

Por
Augusto Mafuz
19/02/2024 10:15 - Atualizado: 20/02/2024 16:58
Osorio.
Osorio. | Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes

O empate com gols (1 a 1) foi um excesso. Certo e justo seria o 0 a 0 para não restar dúvidas sobre o estágio em que o Atletiba alcançou no começo e permaneceu até o final: o de medíocre. Coisa horrorosa.

A única coisa boa que foi possível extrair do ambiente cinzento e amargo do Couto Pereira foi a conduta do treinador Juan Carlos Osorio. A sua sinceridade nos atos e nas palavras é coisa rara dentro do atual futebol brasileiro desde que Telê Santana foi embora.

O beijo não significa, necessariamente, uma forma de afeto. No há um simbolismo absoluto que o defina. Pode ser o de amor, mas pode ser o da traição. O beijo mais famoso da história da humanidade foi o que Judas deu em Cristo.

Os beijos que Osorio enviou à torcida do Coritiba foram uma mensagem silenciosa com o sentido de defesa contra as ofensas. Irônicos, mas sem caráter ofensivo. O treinador e o jogador não tem nenhuma obrigação de ser transigente com as ofensas quando essas são destacadas do ambiente geral e especificamente dirigidas.

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Osorio criticou o nível técnico do Atletiba. Assim falou: “Eu fico muito triste. Este não pode ser o nível do futebol brasileiro. Muito fraco, impossível que duas equipes de primeira divisão criem duas opções de gols. Muito fraco e ruim. Estou triste pelas torcidas”.

Eu agradeço Osorio por tanta sinceridade. Todos deveriam exaltá-lo. Só parte da imprensa que não viu por ser cega ou por conveniência de que de cinco passes, quatro foram errados no Atletiba. A sua mensagem, carregada de verdades, tem o potencial de mostrar o quanto os cartolas enganam a torcida. Não os do Coritiba que estão dentro dos limites de um time de Segunda Divisão. Mas os do Athletico, que prometeram “um grande time” para o centenário.

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Não se pode aceitar como natural que um clube despeje R$ 100 milhões em contratações, mas insista com Thiago Heleno e Kaique Rocha falhando na zaga, e continue gerando ilusão com Erick, Pablo, Julimar, Cuello e Di Yorio - esse uma nova versão de Frederico Nieto, de triste memória -. Gastou-se todo esse dinheiro sem que um jogador de meio campo, capaz de criar e lançar, tenha sido escolhido para vir.

A Juan Carlos Osorio, os meus respeitos.

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