Furacão vence o Londrina, o árbitro e o seu treinador Valentim
Não foi fácil a vida do Athletico para se classificar para a semifinal contra o Coritiba. Ganhar o jogo jogado por 2 a 1, e depois ir para o casuísmo dos pênaltis e ganhar por 4 a 2.
Não foi fácil a vida do Furacão porque os seus inimigos não foram poucos.
De início, um Londrina bem armado por Adilson Batista, sem nenhuma vaidade de jogar atrás e esperar pela eventualidade de uma bola no ataque. Depois, a péssima arbitragem de Rodolpho Toski Marques, que não marcou o pênalti de Saimon que abriu o braço para interromper o chute de Jader.
Mas o Londrina e o árbitro seriam derrotados sem nenhum trauma, se não fosse o pior de todos os inimigos: o seu técnico Alberto Valentim. Para derrotá-lo, obrigou-se a correr e correr, a lutar e lutar, a suar até a última gota, ir à exaustão. Para derrotar a incapacidade do seu treinador, o Furacão teve que fazer das tripas, coração.
O gol de Davi Araújo aos 15 minutos (1x0) apenas disfarçou a desorganização. Essa era tamanha que aqueles em que pode se confiar como Pedro Henrique, Thiago Heleno, Erick e Terans perderam-se em erros e nervos.
Para a etapa final, Valentim se superou, desorganizando ainda mais o Furacão. Avançando até a intermediária do Londrina, não sabia o que fazer. Não tinha jogadas pelos lados porque Abner e Bolt não tinham espaços. Empurrado para o meio, morria na indolência de Matheus Fernandes e Pablo, simplesmente, horrosos. Depois do lance de pênalti não marcado, criou a única chance da etapa final quando Terans, aos 38 minutos, alcançando uma bola lançada por Davi Araújo, fez 2 a 0.
Mas bastou o Londrina ir para frente, para escancarar a falta de lucidez do time. Aos 40 minutos, de uma bola de escanteio, o bom zagueiro Augusto, de cabeça, aproveitando a falha conjunta de Santos, Thiago Heleno e Pedro Henrique, empatou.
Menos mal que nos pênaltis prevalece o ambiente da Baixada e o goleiro Santos. O Tubarão tremeu. Athletico 4 a 2.
No final, os atleticanos foram para casa implorando: “Fora Valentim, fora Valentim”.