Opinião

Furacão perde o jogo e leva uma lição para Montevidéu

Por
Augusto Mafuz
14/11/2021 00:56 - Atualizado: 04/10/2023 17:19
Lance de Internacional e Athletico
Lance de Internacional e Athletico | Foto: Ricardo Duarte/Internacional

Pelo Brasileirão, em Porto Alegre, Internacional 2x1 Athletico.

Porque irá decidir a Sul-Americana contra o Bragantino, o Furacão permitiria que o resultado poderia ser remetido para dois campos de análise: o da derrota em si, e o das razões para que aquela ocorresse.

Às vezes é possível centrar a análise no futebol de resultado. E, aí, a derrota seria absorvida como uma consequência natural de jogar contra o Inter, no Beira-Rio. No entanto, os números que deram solução ao jogo não podem ser dissociados do jogo errante do Furacão.

É fato de que o Athletico não faz um bom Brasileirão. No entanto, não se tinha notícia de um Furacão tão pobre como esse do Beira-Rio. O que treinador Alberto Valentim pretendeu fazer, nem ele é capaz de explicar. E, não tem mesmo explicação para um time pretendendo jogar no contra-ataque, avançasse a defesa em linha reta, autorizando o Inter a atacar em espaços vazios próximo ao gol de Santos.

Quando Terans abriu o placar para o Furacão, aos 25’ de jogo, o Inter já havia perdido oportunidades com Patrick. Não surpreendeu que aos 39’ tenha empatado com Edenílson, que se divertia no espaço da esquerda da defesa atleticana.

Esperava-se que no intervalo Alberto Valentim tivesse observado a desordem do time e a corrigisse. No entanto e, sem Nikão, o Furacão voltou um caos. Descompensado com Christian e Cittadini no meio, sobrecarregava Terans, que parecia jogar sozinho. O Inter continuou se projetando nessas aberturas e ameaçando o goleiro Santos, até que, aos 19’, Edenílson fez o segundo gol.

O Athletico tinha tempo e poderia até arrumar o time para alcançar o empate. Mas Alberto Valentim parece ter dificuldades em dar o mínimo de ordem às coisas quando elas estão desarrumadas.

Não me impressionou a derrota, mas as razões que lhe provocaram. Definitivamente, ainda mais com Alberto Valentim no seu comando, não é time para pontos corridos. Seus recursos são limitados para jogos de Copa, que poderem ser resolvidos a utilidade da cautela, da briga pelo campo e pela bola, da marcação até a exaustão física.

Não se deve projetar fosse Athletico do Beira-Rio para aquele que irá decidir em Montevidéu a Sul-Americana com o Bragantino. Mas, também, não se pode limitar os seus recursos à sua vocação para decidir esse tipo de torneio.

Bem que Valentim merecia um puxão de orelha de Autuori.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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