Furacão é um buraco negro na Recopa?
Não encontro no Palmeiras as virtudes individuais do Atlético-MG e do Flamengo. À exceção do goleiro Werverton e do meia Raphael Veiga, é um time de iguais. A sua virtude está na submissão dos seus jogadores ao intransigente esquema tático de Abel Ferreira, que é marcar, marcar e jogar em contra-ataque com Dudu e Rony.
Apresento, então, a questão: o Athletico pode ter alguma esperança de ganhar a Recopa desse Palmeiras? Tratando-se do Furacão, esperança sempre tem. Enfrentar um time cuja virtude está na força e na velocidade não há segredo. Pode usar do mesmo expediente e levar a solução do jogo para o campo do detalhe. Na Baixada, sempre há detalhes. Acontece que não se sabe como está o Furacão.
Até Erick e Cittadini, não há problema. Mas, a partir daí, é um buraco negro. Não obstante, não faltam opções: Matheus Fernandes, Marlos, Christian, Terans, Bryan Garcia, Hugo Moura, Nicolas Hernandes, Pablo, Bissoli, Rômulo, Davi e Reinaldo. Quer dizer: tem para o gosto dos mais exigentes e para o gosto daqueles que se confortam com pouco.
O problema é quem escolher, como escolher e para que escolher. É aí que, nem mesma na teoria, não se pode resolver a questão: no buraco negro se torna, ainda, mais escuro, quando a solução passa por Alberto Valentim.