FPF deveria tornar público os envolvidos no Estadual que foram os infectados
Recomendação não é decisão. No entanto, as providências pedidas pelos Ministérios Público do Paraná e Federais, e pela Defensoria Pública da União, para que a FPF suspensa os jogos do Estadual, vão bem além de uma simples recomendação.
O não cumprimento pode ser causa de medidas administrativas e judiciais. Se a FPF não responder com razões fortes, o seu presidente Hélio Cury pode correr o risco de ser processado por crime sanitário.
Os órgãos de fiscalização têm razão.
Para jogar duas partidas em Arapongas, o Coritiba teve que expor mais de 30 pessoas sabendo que qualquer ambiente sanitário é imprevisível. Para obedecer a entidade, o Rio Branco teve que sair de Paranaguá e ir a Arapongas. O Athletico terá que sair de Viamão e deslocar mais de 20 pessoas para jogar contra o Cascavel.
O mais grave, aliás, gravíssimo: o presidente da FPF não torna público e bem documentado, quantos profissionais envolvidos no Estadual já foram os infectados.
A omissão desse fato pode ser motivada por um número de infectados desproporcional a quem afirma adotar protocolos invulneráveis. Todas as circunstâncias somadas, podem deixar Cury em situação temerária na Justiça.