Flamengo, Copa do Brasil e as lições para o Furacão
Dominado pelo Corinthians no jogo jogado, o Flamengo foi buscar no casuísmo dos pênaltis a solução para conquistar a Copa do Brasil. Dessa conclusão, há dois fatos que podem ser projetados para as teorias que irão se adotar antes da final da Libertadores, Athletico x Flamengo.
Não sou daqueles que entendem de que no futebol os fatos que compõem a história de um jogo podem servir de paradigma para o jogo seguinte. Embora não goste de chavões, no futebol há um que, às vezes, não é possível ignorá-lo: cada jogo é outra história.
Mas há um fato que deve ser considerado para a final de Guayaquil. O que ocorreu com o Flamengo na final com o Corinthians nada mais foi do que vem ocorrendo há tempo. Mais criativo que seja com Arrascaeta e Everton Ribeiro, e finalizador com Pedro e Gabriel, é um time que sem espaços, acaba se tornando comum. E os espaços que cria não é por mecanismos táticos, mas pela individualidade de um ou de outro. De Everton Ribeiro, em especial.
Bem resumido, o favoristismo do Flamengo frente ao Furacão já passa a ser mais tese pelas características dos seus jogadores que sugerem uma vocação ofensiva, do que por uma supremacia absoluta.
Por conflitos como esses entre Athletico e Flamengo é que o princípio histórico treinador de futebol universitário americano Paul Bryan nunca envelhece: “Ataque vende ingressos, defesa ganha campeonatos.”
Adaptado para o basquete por Phil Jackson (Bulls e Lakers), não perdeu a sua essência: "Ataque ganha jogos, defesa ganha campeonato”. Alex Ferguson (Manchester United) introduziu no futebol: “Ataque vence os seus jogos, a defesa vence os seus títulos”.