Na Baixada, Athletico e Flamengo eram quase iguais. De diferente e que estava se tornando relevante era o tratamento dado pelo árbitro Raphael Claus para um e para outro. Em lance idêntico, marcou pênalti de Fernadinho em Everton Cebolinha, mas não marcou o de Ayrton Lucas em Vitor Roque. Se não fosse o gol de Erick que decidiu o jogo, qualquer análise teria que, necessariamente, passar pelo erro de arbitragem em prejuízo do Furacão.
De resto, Athletico e Flamengo eram iguais em tudo. Pelas poucas virtudes e muitos defeitos, era natural o conformismo pelo empate a um gol (Gabigol e Vitor Roque) até aos 34 minutos do segundo tempo, quando Erick marcou o segundo gol, o da vitória, do Athletico.
A diferença já era vista desde o início e atendia pelo nome de Fernandinho. Os diminutivos no nome e no corpo, como desde jovem (2004), desapareceram quando entrou em campo. Da sua figura imponente, foi produzido um jogo de qualidade rara. Ninguém que passou pelo campo durante os 100 minutos foi diferente. E absolutamente todos se mostraram incapazes de serem iguais a Fernandinho. Era o único que conseguia jogar, correr e pensar ao mesmo tempo. E vejam que pelo campo passaram Arrascaeta, Gabigol, Everton Cebolinha e um time de 100 milhões de euros.
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Quando o Athletico estava sendo apertado com o gol de pênalti (14’) marcado por Gabigol e jogando mal, Fernandinho descobriu um espaço livre pela direita e lá colocou a bola nos pés de Vitor Roque que empatou (29’).
A caminho do final, o jogo estava equilibrado pelos erros de ambos os times e apontava para o empate, Fernandinho lançou um bola para Khellven, que cruzou para a área. No rebote, Erick marcou 2 a 1.
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Não se recorra à situações técnicas ou táticas porque nenhuma foi duradora, todas eventuais. Nada disso influiu na vitória do Athletico por 2 a 1. Sem Fernandinho não haveria nada de diferente do que aconteceu até aos 34 minutos da etapa final.
Fernandinho foi comovente.