O simbolismo de Felipão pode faltar ao Athletico no Palestra?
Ainda que a sua construção foi em base sólidas e empresariais na execução das propostas de Mario Celso Petraglia que, em tese, não deveria sofrer influência dos resultados no campo, o Athletico não consegue neutralizar uma verdade: passional, o atleticano é um egoísta exigindo vitória atrás de vitória, conquista atrás de conquista. É um egoísmo saudável como tudo que se origina de uma paixão pura.
Os atleticanos estão se agarrando em um símbolo: Luiz Felipe Scolari, o treinador. Para o bem, como foi a vitória sobre o Palmeiras (1x0) pela Libertadores ou para o mal, como a derrota para o Flamengo (0x1) pela Copa do Brasil.
Se não bastasse ser da essência atleticana, o é também a da de Felipão, um técnico controverso por não esconder os seus sentimentos. Nada que surpreenderia a ciência da paixão: uma fórmula que tivesse esses elementos: Athletico + Felipão, seria mesmo explosiva.
Bem por isso, a expulsão de Felipão, que o impede de estar no banco do Athletico, no Palestra, contra o Palmeiras, já está sendo mais sentida do que a de Hugo Moura.
Pode parecer uma contradição, porque quem joga é Hugo Moura. Felipão não joga. Mas, Moura de recursos limitados. A figura de Felipão, por ter forte simbolismo, torna o Athletico supremo e imponente. Em um mundo influenciado por ídolos, lendas e mitos, como é o futebol, é certo o sentimento de ausência de quem é eleito como referência de conduta.
Senti a exclusão de Felipão do banco do jogo no Palestra.
Antony: uma Baixada, um Cruzeiro e um Botafogo
O Manchester United vai pagar ao Ajax R$ 520 milhões para ter o atacante Antony por apenas 5 anos. É bem mais do que os R$ 400 milhões que o Athletico já começará a pagar por sua parte na construção da Baixada.
É bem mais do que os R$ 400 milhões que Ronaldo Fenômeno está pagando pelo Cruzeiro. É bem mais do que os R$ 400 milhões que os americanos estão pagando pelo Botafogo.
O que é realidade e o que é fantasia?