Felipão dá aula em Diniz; Athletico brinca de jogar
O jogo era o Palmeiras, o campo não era o do Palestra, o campeonato não era a Libertadores e o time que irá jogar, a exceção de Pedro Henrique, era absolutamente diferente.
No entanto, o Athletico usou esse jogo com o Fluminense, na Baixada, pelo Brasileirão, para preparar, ainda mais o seu espirito e a sua emoção. Embora tudo fosse diferente do que será na terça-feira, o futebol não nega que uma vitória alheia a um evento excepcional (Libertadores), sempre tem influência na vida do clube.
Com reservas, o Athletico marcou com Pablo no primeiro tempo, e, depois fez da Baixada um páteo de recreação de escola. E não poderia ter um convidado tão especial para brincar de jogar bola: o Fluminense de Fernando Diniz, que a mídia adotou como o “queridinho do futebol brasileiro”.
O conservadorismo de Felipão mostrou tudo o que é de mais moderno dentro do futebol: avançando os setores de marcação (defesa e meio) tomou para si a bola e os espaços. Jogando pelos lados, criou jogadas de profundidade. Era para marcar com Rômulo, mas Rômulo perdeu. Era para marcar com Pablo, e Pablo, quase um século depois, marcou: aos 25 minutos do primeiro tempo, cabeceando a bola cruzada por Cuello, consciente e com estilo, finalizou o goleiro Fábio.
O tempo virou, mas o jogo não mudou.
Na mesma toada, Felipão passou a aula em Diniz sobre a forma de administrar uma vitória parcial. Sem grandes esforços por fechar os espaços, o Furacão obrigou o Fluminense a gastar todo o tempo que tinha em passes laterais inúteis. E poderia ter feito mais gols em jogadas de Cuello e Terans.
O 1 a 0 foi um conforto para o time do “champanhe”. O melhor em campo foi Pablo. Mas ele que não se assanhe. O seu lugar é de Vitor Roque.