Estadual + Hélio Cury: o monstro perfeito
O Campeonato Paranaense é o que tem de pior: sem qualidade técnica por opção (Athletico e Coritiba) ou pela natureza (todos os demais), campos esburacados, imagens televisas indecifráveis geradas pela Federação Paranaense de Futebol e um regulamento que incentiva a mediocridade, porque de 12, classificam-se oito para as próximas fases.
Joga-se para atender o óbvio, afastando o espírito de competição.
Seria o bastante se Hélio Cury não fosse tão guloso pelas coisas malfeitas. O Atletiba, a única coisa boa que restou no Estadual, foi programado para quarta-feira (16) à noite, diminuindo o campo de segurança, e aumentando o risco de confrontos entre torcidas que estão de volta ao futebol brasileiro nessa época de intolerância.
Se colocarem diante do espelho esse resumo e a cara do organizador do campeonato, o presidente da FPF, Hélio Cury, irão aparecer gêmeos siameses. Para ficar um monstro perfeito e bem-acabado, só basta o popular Paraná ser rebaixado para a Segundona, o que seria um desastre.
Talvez o presidente Cury, para se defender, se inspire no imortal Coringa, de Joaquin Phoenix, e diga: "Não sou um monstro. Só estou na vanguarda”.
Com boa vontade, encontram-se pequenos consolos.
Igor Paixão, no Coritiba; João Pedro, Davi e Lucas Fasson, no Athletico, o gol espetacular de Alisson Taddei, do São Joseense, contra o Maringá, e o estágio definitivo do Operário como a terceira força do futebol paranaense.