O direito de sonhar de cada um. E o Athletico pagando a conta
Em entrevista à ESPN, o volante Bruno Guimarães, revelado pelo Athletico, e hoje no Newcastle, da Inglaterra, falou que sonha em encerrar a carreira jogando no Vasco, time do seu pai, e no Furacão, time pelo qual virou ídolo.
Kleberson, revelado no CT do Caju, campeão Brasileiro pelo Furacão (2001) e campeão do Mundo pelo Brasil (2002) para ir jogar no Manchester United (2003). Em 2011, dispensado pelo Flamengo, retornou ao Caju. Embora lesionado, jogou no time que acabou rebaixado para a Segundona.
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Alex Mineiro não é apenas um personagem histórico. Os oito gols nas finais do Brasileiro, de 2001, que deram o título ao Athletico, autorizam a remetê-lo como personagem de uma lenda. Em 2010, Alex voltou ao Caju. A volta tão melancólica, que por ser honesto, encerrou a carreira.
Jadson, foi um dos talentos revelados no CT do Caju, quando a base era dirigida pelo histórico atleticano Paulo Abagge. Vendido ao Shakhtar Donetsk, foi um sucesso na Ucrânia e na Europa. Depois de passar por São Paulo e Corinthians, seu sonho era encerrar a carreira no Athletico, com um título. Em 2020, foi dispensado por deficiência técnica.
Marlos é atleticano desde criancinha. Mas foi no Coritiba que tornou público todas as suas virtudes de meia. Jogando no Shakhtar Donetsk, acabou cidadão ucraniano para jogar na Seleção da Ucrãnia. Depois de fica rico, tinha um sonho: encerrar a carreira no Athletico, do seu coração. Em 2023, conseguiu realizar o sonho às avessas: reserva, jogando apenas 14 partidas, foi dispensado do Furacão.
Fernadinho foi outro que saiu daquela fornada que, a partir de 2001, veio do PSTC para o Athletico revelar. Vendido ao Shakhtar Donetsk, foi o craque do futebol ucraniano durante seis anos.
Pep Guardiola mandou o Manchester City contratá-lo para ser referência na execução das novas teorias sobre o jogo de futebol. Como capitão, Fernandinho foi a voz, o corpo e olhos de Guardiola durante sete anos, na Inglaterra. Mas, apesar de todos os títulos e dinheiro do mundo, tinha um sonho: encerrar a sua carreira, no Athletico. A imagem que se tem de Fernandinho confunde-se com a do Athletico, do Mineirão: trôpego e rebaixado.
Não sei se seria melhor Bruno Guimarães não voltar.