A derrota de Felipão e Turra em Bragança

Pelo Brasileirão, em Bragança Paulista, o Athletico perdeu para o Bragantino (2x0) e é simples de explicar: sem Thiago Heleno, Pedro Henrique, Fernando, Fernandinho, Erick, Canobbio e Vitor Roque, nenhum time ficaria impune.
O difícil de explicar é o critério que Turra e Felipão, desta vez, adotaram para priorizar a Libertadores ao Brasileirão. Naquela, o Furacão está em primeiro no grupo e de nove pontos a serem jogados, precisa apenas três para avançar. E seis deles serão jogados na Baixada.
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No Brasileirão, se ganhasse do sofrível Bragantino, o que era provável em condições normais, tamanha as diferenças, estaria próximo da liderança. Ignora-se o princípio de que reserva é reserva. Daí, que o critério de poupar titulares não pode se afastar do razoável e do proporcional. Escalar reservas em massa vai contra todos esses princípios. Como ocorreu em Bragança, a atitude torna-se desprezível e irresponsável.
O critério adotado provoca uma dúvida: o Athletico deve ou não disputar o título do Brasileirão? Não sou de especular sentimentos. Mas, às vezes, tenho a impressão de que Felipão e Turra duvidam que o Furacão tenha alcançado o estágio para ganhar o seu segundo título nacional. Não é o que pensam os atleticanos.
Priorizando torneios eliminatórios, que é da cultura reduzida de Felipão, exercem influência negativa nos jogadores na disputa jogo a jogo que exige o Brasileirão.