Opinião

Derrota do Athletico não foi surpresa, tamanha indolência do time

Por
Augusto Mafuz
21/01/2021 00:54 - Atualizado: 29/09/2023 20:14
Athletico perdeu para o Bahia por 1 a 0 na Fonte Nova
Athletico perdeu para o Bahia por 1 a 0 na Fonte Nova | Foto: Maurício Mano/CAP

Lá atrás, na zona de rebaixamento, um desprezível Bahia, não ganhava havia dois meses.  Mal sabia que na Fonte Nova, em Salvador, o Athletico iria se oferecer tal como a “Geni” de Chico Buarque se ofereceu ao carrasco. Então, Bahia 1 x 0, gol de Tiago, na etapa final.

A derrota do Athletico não pode ser colocada na conta das surpresas.  Ao contrário, surpresa seria ter vencido, tamanha a indolência que é a nova característica do time.

Uma coisa é ser limitado tecnicamente. Essa tem que ser ponderada e até perdoada, porque recepciona a natureza do jogador. Se ele é fraco, e o time o tem, não há nada o que fazer.

A outra, é não ter qualidade e não buscar superá-la através da luta. Aí é censurável. Não se busque argumento nos supostos sete desfalques.  Dos ausentes, apenas Nikão e Léo Citadini são indiscutíveis no momento. Lucho não vem jogando. De resto, são todos do mesmo nível contestável.

Não sou daqueles que tratam fatos iguais como coincidências. Essa é subjetiva demais para ser levada para um jogo de futebol em que os fatos, mesmo guardando semelhança com fatos antecedentes, são objetivos e não há como contestá-lo.

Estou já convencido de que os jogadores do Furacão chegaram no limite depois da vitória sobre o Botafogo, no Rio. Contra o Coritiba (0x0), São Paulo(1x1) e Bahia (0x1), há um fato comum: a absoluta indisposição de buscar a superação das deficiências. A exceção de poucos, talvez, Santos, Tiago Heleno, Pedro Henrique, Kaizer e Nikão (quando joga), o time parece ter ganho a consciência de que não pode ir além do que já conseguiu.

De repente, os indolentes é que estão certos. Não dá mais, mesmo.

E a impressão é que não é só o time, mas os dirigentes e boa parte da torcida já estão conformados com o fato de o Furacão estar naquela que é a expressão do comentarista Fernando Gomes, “amorcegando” a sua vida no Brasileirão.

Se não bastasse a situação cômoda em relação ao risco anterior de rebaixamento, os atleticanos se consolam com o rebaixamento iminente do Coritiba.

Lembrei de que quando assumiu o Athletico, Mário Celso Petraglia afirmou que um dos problemas graves dos atleticanos, era o de se preocupar com o Coritiba. O tempo lhe deu razão.

A impressão agora, é a que os atleticanos mais se preocupam em saber o dia que os coxas serão rebaixados, do que com o futuro do Furacão, porque 2021 já começou com Walter, Zé Ivaldo, Jadson, Reinaldo, Alvarado, Bruno Leite e Bissoli.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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