David Terans, o reserva de Guayaquil, salva o Athletico
A torcida do Athlético que vá em massa à Baixada contra o Botafogo. A sua intervenção da arquibancada passou a ser o único elemento para proteger a vaga quase ganha para a Libertadores.
Esse Athletico de Felipão não convida a sonhar com algo grande. Conservador demais, pragmático em excesso e pouco rebelde, está transformando a sua classificação para a Libertadores em uma verdadeira saga.
Em Goiânia, contra um Atlético-GO à beira do abismo, voltou a jogar mal. Nada que surpreenda quando se prefere Erick a Alex Santana, e Pablo e Cuelllo à Vitor Roque.
Literalmente, Pablo não pegou na bola e Cuello pisou na bola. E só não voltou a perder porque quando não restava mais nada para evitar a derrota com o gol de Shaylon, aos cinco minutos do segundo tempo, ainda existia David Terans. Outra vez, jogando como se fosse o único, chutando de fora da área, chutou a bola no ângulo esquerdo goianiense aos 15 minutos do segundo tempo.
Para quem não se lembra, Terans é aquele que empatou o jogo contra o Palmeiras levando o Furacão à final da Libertadores. Para não esquecer, é o mesmo Terans goleador do Athletico nesse Brasileiro. E não custa lembrar, é o Terans a quem foram reservados apenas os dez minutos finais da decisão continental contra o Flamengo.
Depois, soube-se que Terans não era o único salvando técnico, time e dirigentes de saírem chamuscados. Tinha o goleiro Bento, que praticou três defesas impróprias para os comuns e garantiu o empate.
A torcida não resolve os problemas técnicos e táticos de um time. Mas a do Athletico é capaz de resolver o problema da alma.