Um Outono depois, o Coritiba volta a vencer
Depois de 130 dias que ocuparam parte do verão, todo o outono e o início do inverno, o Coritiba ganhou. Não duvidem de extraordinário fato, pois Deus foi testemunha, embora saísse da Serrinha envergonhado pelo que viu: pelo Brasileirão, Coritiba SAF 2x1 Goiás.
Se a prática do futebol ainda pode ser tratada como uma arte, Goiás e Coritiba sequer conseguiram enganar. À exceção do belo gol de Alef Manga, aos 25 minutos de jogo, tudo ocorreu, menos futebol. Chutões, cotoveladas, faltas, furada de bola, bola para a arquibancada, coisa horrorosa.
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Nada que tenha provocado surpresa. A falta de qualidade dos dois times, que repercute em rebaixamento provável, já é o bastante para explicar o que ocorreu na Serrinha.
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Mas para o Coritiba o que menos importava era jogar bem. Aliás, exatamente por pretender jogar o que não sabe na época de Antônio Carlos Zago é que perdia. Agora, com o jovem Thiago Kosloski no seu comando, ganhou consciente dos seus limites. Explica-se, então, o jogo de pau puro de Gabriel, Dombroski, Andrey e Bianqui.
A vitória como competição não influi nada, porque os coxas continuam acendendo a lanterna. Mas, o futebol é tão esquisito, que às vezes, a vitória sob o aspecto emocional vale mais do que três pontos.