Coritiba tem um resultado “extraordinário” em Rondonópolis
Pela Copa do Brasil, em Rondonópolis, Coritiba 1 x 0 União. O gol foi de Léo Gamalho, que se autodenomina como o Ibrahimovic tupiniquim.
De imediato vou afirmando que foi um resultado extraordinário para o Coritiba. Muitos, os coxas em especial, podem pensar que estou usando a ironia para disfarçar o desprezo.
Escrevo que não é, e com bons argumentos,
Para analisar o resultado (o jogo, sim, foi desprezível), é preciso considerar vários fatos. O Coritiba está formando um novo time. Por enquanto é uma colcha que mistura jovens e veteranos. Alguns estreando, como Waguininho, Léo Gamalho, Luciano Castán, Romário, e outros voltando, agora veteranos, como Robinho e William Farias.
Era o primeiro jogo oficial, em um lugar periférico no mapa, como é Rondonópolis, contra um time de nome União, que se veste de colorado. Como escrevi, o Coritiba entrou em um buraco negro para jogar.
Se não fosse bastante, há um outro argumento intransponível em forma de pergunta: e se o Coritiba fosse eliminado da Copa do Brasil com uma derrota? Pelos fatos considerados para justificar e qualificar de extraordinário o resultado, tudo seria possível em Rondonópolis.
Um fracasso teria efeitos devastadores sob qualquer aspecto: financeiro, pois teria excluída a única fonte imediata de dinheiro; técnico, porque já colocaria sob suspeita técnico e jogadores; e psicológico, porque ter que recomeçar o que ainda sequer começou é fatal.
Por coerência, a análise do jogo tem que ser limitada ao resultado.
Afastando-se só do resultado, teria que sair do mundo realista que o Coritiba tem que adotar para viver nesse 2021. Como time de segunda divisão, tem que ser olhado e analisado como time de segunda divisão. Sendo, assim, começou bem a sua nova vida.