No Maracanã, o Coritiba estreou no Brasileirão perdendo para o Flamengo, 3×0. Não imagino que o seu torcedor que tenha o mínimo apego à realidade esperasse por coisas muito diferentes. Não tanto pela superioridade técnica dos cariocas, mas pela absoluta falta de evolução do Coritiba. Contrata e contrata por indicação de António Oliveira, e, no entanto, já está se perdendo no calendário.
António Oliveira não decide, passa de um esquema para o outro, os dois confusos. Não tem nem o básico, não há pé nem cabeça.
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Pela confusão de funções, sem saber quem marcava ou defendia, o alviverde deixou sobrar uma bola na esquerda para Ayrton Lucas que, de fora da área, venceu o excelente goleiro Gabriel, 1×0. O Flamengo não ampliou na etapa inicial porque seu time querendo ser mais brigador do que técnico, aceitava o jogo pesado do Coritiba.
Como se fosse um roteiro de filme pastelão, António Oliveira tendo os quinze minutos de intervalo para mudar, não mudou. Mas antes dos oito minutos da etapa final colocou Andrey e Robson, queimando janelas de substituições. Erro como esse faz supor que o raciocínio do português anda oito minutos atrasado. Resultado: aos dez minutos, por estar frio, Andrey não tinha noção do espaço de campo. Não sabendo que estava na área, derrubou Gerson. Gabigol marcou de pênalti, 2×0.
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Se não bastasse a confusão do treinador português, o Coritiba cansou. E aí, o Flamengo já tendo Pedro, Victor Hugo, Igor Jesus e Bruno Henrique, e embalado pela torcida, aproveitou-se da trapalhada do venezuelano Chancellor, que rebateu mal e permitiu que Pedro marcasse, 3×0.
A derrota e o placar em si poderiam ser absorvidos por ter sido para o Flamengo e no Maracanã. A questão é que aos invés de evoluir, o Coxa regride. E a torcida não tem para quem reclamar. É que a diretoria estatutária não tem poderes de decisão e quem decide, que são os donos, são ocultos.