Coritiba ganha com as defesas de Muralha: 1×0
O Coritiba conserva uma das boas virtudes que adquiriu em dois anos de Segundona nacional: jogando sob pressão, em campo reduzido e contra um adversário acelerado pela força física, não se impressiona.
Conservador, joga fechado. Mais marcando do que jogando, deixa-se dominar. Com boa dose sorte de não sofrer gol nessa submissão voluntária, espera pela solução casual que vem com Igor Paixão ou Léo Gamalho. Como Igor esqueceu de jogar depois que renovou o contrato, fica tudo com Gamalho.
Foi assim que o Coxa ganhou do Cianorte por 1 a 0 no apertado Albino Turbay. Jogando atrás, ofereceu o campo para o Cianorte atacar.
Apostando em noite de exceção de Muralha, isto é, quando não falha, não tem medo de correr riscos. Consciente das suas limitações, não tem a vaidade de ganhar com brilho. Ganhar é o limite.
E seguindo esse roteiro, aos 20 minutos Léo Gamalho desviou para as redes uma bola quase perdida, que foi recuperada e lançada por Régis.
E nesse jogo, o Coxa contou, ainda, com uma regra que não existe na arbitragem: a da compensação. A boca que não apitou um pênalti do Cianorte, anulou um gol legitimo de Pelezinho, que seria de um justo empate.
Tudo isso aconteceu no primeiro tempo. Na etapa final, foi um jogo de peões no final de expediente em fazenda. Só um fato extraordinário exclui o Coxa da próxima fase.