Augusto Mafuz

E, agora, o que será do Coritiba, Follador?

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Augusto Mafuz
29/12/2020 20:54 - Atualizado: 29/09/2023 21:12
E, agora, o que será do Coritiba, Follador?

Os coxas elegeram Renato Follador como presidente e, Juarez Moraes e Silva, Glenn Stenger, Osiris Pontoni Klamas e Marcelo Almeida, como vices. Com uma votação de 75,77%, mais do que eleitos como dirigentes, foram consagrados como “salvadores”, de uma instituição dilapidada. É que esse percentual de votos, em uma eleição de clube de futebol, em que a razão, às vezes, submete-se à influência de arquibancada, tem sentido de unanimidade.

O título da coluna "E, agora, o que será do Coritiba, Follador?", pode significar uma pressão pública, uma opressão injusta, contra quem sequer assumiu. A expressão no caso, tem mais o sentido de esperança.

Para os problemas que são muitos e complexos, não há soluções imediatas. Há seis anos, o Coritiba foi acometido de um fenômeno inusitado, que é o de andar só para trás. Se tivesse ficado parado, o drama seria menor.

O futebol ganhou tamanha dimensão econômica financeira, que até o seu aspecto social, às vezes, é apenas uma consequência. E, bem por isso, a primeira missão que a diretoria tem a realizar, é disciplinar a paixão do torcedor para que tenha compreensão e transigência com a realidade do clube. Talvez, diante da realidade, a Segundona já é um paraíso. O desprezo ao Coxa foi tão grande nos últimos tempos, que poderia ser pior.

O que Follador não pode é imprimir o imediatismo, vício mortal para qualquer projeto no futebol de hoje. Ser racional diante da dívida de R$ 300 milhões, da falta de recursos e de fonte para buscá-los, já será a primeira grande solução.

E, que não se projete nada tendo o Athletico como referência. Nos próximos tempos ou, talvez, em nenhum tempo, o Furacão não poderá ser alcançado. A safra de deuses acabou.

E o Coritiba não precisa disso.

A sua natureza já é a de grande. Basta readquiri-la e, aí, já terá valido a pena o sacrifício pessoal de Follador, Juarez Moraes e Silva, Glenn Stenger, Osiris Pontoni Klamas, Marcelo Almeida, Vilson Ribeiro de Andrade e os jovens Henrique Ballão, Guilherme Prosdócimo e Filipe Ghignone.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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