Coritiba engana a si próprio e começa a cair no Brasileirão
Brasileirão, Beira-Rio, Internacional 3 a 0 Coritiba. Do jogo, da goleada, em especial, não há nada a comentar. Os próprios gaúchos encontraram dificuldades, tamanhas as diferenças de jogo e de espírito de jogo entre uns e outros.
A derrota do Coritiba para o Inter, no Beira-Rio, já era esperada. No entanto, o time abusou, ignorando que o previsível não deve necessariamente vir em forma de desastre. E não foi só pelos 3 a 0. Aliás, os números até foram generosos pela superioridade gaúcha. O abuso foi pela forma como o time sofreu a goleada. Não há nada pior do que perder sem reagir ou se entregar para compensar as limitações individuais.
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Todos sairam chamuscados do Beiro-Rio: o bom técnico Morínigo entrou na fase de enganar a si próprio ao pretender fazer desse time de segunda, um time com poder ofensivo, como tivesse condições de ser igual a todos os outros; os jogadores, a exceção de Igor Paixão, que são incapazes de fazer uma autocrítica.
Pensam que o fato de vestirem a camisa de um clube histórico como o Coritiba, o torna-os mais qualificados, dispensando a entrega física e espiritual; o gerente Renê Simões que por ter um temperamento de contador de histórias, contenta-se com um papel secundário e os diretores de futebol que não passam de curiosos. Como dar autoridade a Paulo Thomaz de Aquino para tratar de uma coisa séria como futebol?!
As intervenções imediatas da diretoria não podem esperar os jogos contra Fortaleza e Juventude, no Couto. A vitória por obrigação é a mais enganadora que tem para concluir por avaliações definitivas.
Entre os problemas do Couto Pereira, o mais grave para ser resolvido não está no foro judicial. Mas no campo e no vestiário. Há dúvidas que só o dinheiro possa resolvê-los. É preciso de alguém que conheça futebol.