1979. O Internacional havia ganho do Coritiba, no Couto Pereira, por 3 a 0 e fui entrevistar Paulo Roberto Falcão.
Ainda jovem, mas já com a autoridade e a lucidez do craque já formado, respondeu-me: “O rendimento de um time é dependente de cinquenta por cento do estado emocional dos jogadores. Tranquilos, tudo se torna possível. E só se adquire esse atributo com vitórias”.
O Coritiba joga em Belo Horizonte contra o Cruzeiro. A questão é: as vitórias sobre Goiás (2×1) e América MG (3×1) desarmaram a tensão do time pela carência de vitórias durante três meses?
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Não há dúvida de que essas vitórias já repercutiram no espírito dos jogadores. Acalmaram os ânimos, diminuíram a pressão interna e externa e devolveram a confiança, que é um fator indispensável para se jogar futebol.
Mas, talvez, a lição de Falcão ainda não possa, nesse momento, ser aplicada em sua literalidade ao Coxa. É que não ainda atende o requisito da tranquilidade, se há dúvida em relação aos outros 50%. Esses recepcionam entrega por superação, uma correta ordem de jogo e, em especial, a qualidade técnica.
Para teorizar sobre a sequência do Coritiba a partir desse jogo contra o Cruzeiro, não se pode esquecer que Goiás e América são times mais fracos, e, também, estão na zona de rebaixamento.