Contra o Palmeiras, Athletico jogou sem time e sem energia
Em São Paulo, Palmeiras 3x0 Athletico.
Analisar o jogo e o resultado sob o ângulo do Furacão é bem fácil: mutilado tecnicamente pela pandemia, que exclui a cada jogo os seus jogadores, não seria justo exigir um fato excepcional.
É que fatos excepcionais no futebol só ocorrem em duas situações: pelo acaso ou pela superação. Ocorre que a supremacia do Palmeiras foi tão ostensiva, que permitiu que o jogo fosse alienado pelo imprevisto; e, pela superação, foi inviável em razão do fato já esperado, que era a falta de energia física e emocional, toda ela gasta no empate com o River Plate, pela Libertadores.
A derrota em si do Athletico para o Palmeiras, mesmo que tenha sido pelo clássico 3 a 0, o que significou a sua submissão absoluta dentro de campo, não deve ser tratada como um desastre.
Mas, analisar o jogo e o resultado só no ambiente dos efeitos patológicos da Covid-19 é dar o privilégio de única vítima que o Athletico não tem. Afinal, é a regra do jogo que a ela todos estão obrigados.
O que não se pode é começar a dar um tratamento paternalista quando o Athletico, em razão dos erros no futebol praticados por Mario Celso Petraglia, é o maior responsável por essa situação.
Tão grave como a disseminação do vírus, é o fato de que o clube continua com o seu direito suspenso de contratar pela FIFA. Equiparo a gravidade dos fatos, porque antes da pandemia o Furacão já havia gasto R$ 50 milhões em reforços.
Se não é possível reparar os erros anteriores, é possível criar um antídoto contra essa contaminação incontrolável no CT do Caju: compor o pagamento com os japoneses do caso Rony, readquirindo o direito de contratar.