Com Cuca, o Athletico virou um time sério e ganha
Quando o jogo, em Ponta Grossa, foi para o intervalo com o empate a um gol, mas com o Operário superior ao Athletico, lembrei da lição imortal do húngaro Puskas: os quinze minutos de intervalo podem ser os mais importantes de um jogo. Basta ter um técnico que não seja cego para os erros, e seja inteligente para pensar nas soluções.
Não quero dizer que o Athletico ganhou o jogo por 2 a 1 só por ter em Cuca, um treinador que vê e que pensa. Mas foi em razão da influência de Cuca que criou que os elementos decidiram o jogo.
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Há tempo, o futebol não permite mais ignorar a importância ofensiva dos laterais. É pelos lados que um time consegue vencer a congestão dos sistemas “modernos” que criam um povo imenso de volantes, meias e atacantes.
Com Felipinho e Madson, o Athletico sofreu o gol de Felipe Augusto e não atacou. O empate pelo pênalti em Erick, cobrado por Fernandinho ainda na etapa inicial, foi casual.
Mas, aí, vieram os sagrados 15 minutos de intervalo. Com Leo Godoy e e Lucas Esquivel, o Furacão tomou outro rumo, impondo-se. Embora com o ritmo adaptado à temperatura de 35 graus à sombra, de início a ambição do Operário diminuiu. E, depois, colocou-o em seu devido lugar.
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Aos 90 minutos, o zagueiro Kaique Rocha lançou Pablo, que matou no peito e virou para marcar a vitória. Um gol com a marca de Pablo, no final e imprevisto.
Bem antes, Cuca havia colocado Hugo Moura para marcar no meio-campo. E dirão que Cuca não deixa o genro de fora. E, daí, qual é o mal? Um genro, às vezes, resolve. Imaginem, três.