Club Athletico Paranaense, há 100 anos como um conceito de amor
O tamanho de um valor que nos é caro mede-se pelos mimos que ele nos faz no coração. O ensaista russo Leon Tostói, com apego ao berço, escreveu: “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”.
Fernando Pessoa declamava em poesia que “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/ Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”.
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Bem por isso, eu afirmo: não há no futebol ninguém maior do que o Club Athletico Paranaense.
O Athletico subtraiu-me para o seu mundo em 1968, transformando-se em uma das raízes vetoras mais importantes da minha vida. A sua influência em mim tornou-se tão forte que passou a ser uma necessidade da alma.
Quando a sua grandeza vista de frente frente vai ao infinito, olho lá em cima e vejo o Furacão “como uma grande nuvem branca se movendo como carruagem”, como em uma canção de Bob Dylan.
Com tempo, foi me dando o exato sentido da importância da memória quando é preciso correr atrás das lembranças para contar em orações nostálgicas a sua história.
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O Athletico está fazendo 100 anos.
Por ser um amor intenso que nunca se esgota, embora consumido todos os dias, o número de anos é apenas um número de calendário. Tratando-se de Athletico adota-se o calendário do eterno, que não está pregado na parede, mas dentro dentro do coração de cada atleticano.