Opinião

Pelo Estadual, CBF dá um novo golpe nos clubes

Há uma velha discussão sobre a influência negativa que os Estaduais exercem no calendário do futebol brasileiro. Inchando-o, só atende ao interesse das federações, cujo poder pelo voto só aumenta a cada ano.

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Agora mesmo, a Confederação Brasileira de Futebol decidiu arbitrariamente o novo critério como trânsito para jogar a Copa do Brasil: ao invés do critério da qualificação adotar o histórico escrito durante décadas (ranking), irá adotar a classificação do Estadual.

Por esse critério, Coritiba e Athletico, que constituem a identidade absoluta do futebol paranaense, são iguais ao Aruko, Azuriz e São Joseense. Não é uma decisão qualquer. A Copa do Brasil é um torneio que distribui valores extraordinários desde a rodada inicial. Seus finalistas chegam a bater nos R$ 50 milhões em prêmios.

Aqui, é a hipótese em que a igualdade técnica de direitos torna-se desigual e injusta.  Nada impede que Athletico e Coritiba não se classifiquem para a Libertadores ou Sul-Americana e o elemento do improvável, tão comum no futebol, um dia entre no Estadual e exclua um ou outro, ou os dois, da Copa do Brasil.

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Quer dizer: rasga-se a história, ignora-se a tradição e despreza-se o mérito técnico passado para proteger os interesses do sistema central, através do voto das federações.

E os clubes brigando entre si pelo poder para constituírem a Liga, aceitam a mudança sem nenhuma reação. O sistema da CBF e das federações tornou-se tão forte que provocou o silêncio do único que gritava contra ele, o Clube Athletico Paranaense.

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