Brasil goleia por 4 a 1 e vira um enigma na Copa do Mundo
Por ser um enigma e o Brasil ser inseguro, a Coreia do Sul chegou a ser tratada como uma adversária complexa. Bastaram 36 minutos de jogo para se concluir que esse estado era mais psicológico do que qualquer outra coisa.
Nem bem o jogo tinha começado, o próprio Brasil estranhou: se a Coreia era um enigma, a desvendeu. Primária ao usar a já amarelada marcação individual, ingênua por querer ter técnica autossuficiente pensando que todos são Son, e pretensiosa por querer ser igual aos brasileiros.
As coisas foram tão acessíveis ao time brasileiro que em 36 minutos transformou o jogo em um recreio de escola maternal. Marcou aos sete minutos com Vinicius Jr em jogada de Raphinha; aos 13 minutos com Neymar de pênalti sobre Richarlison; aos 29 minutos por Richarlison e aos 36 minutos com Paquetá vindo de trás. O gol da Coreia, de Paik Seun-Hog, chutando de fora da área aos 76 minutos, foi um evento casual, sem maiores consequências.
Tabela da Copa do Mundo 2022; acesse!
Johan Cruyff, que interpretou o futebol como fez, deixou a lição de que “o futebol é cometer erros e não se frustrar”.
+ Brasil massacra a Coreia do Sul com goleada e pega a Croácia nas quartas
A questão, então, é a seguinte: a vitória brasileira teve como causa imediata as virtudes do nosso time ou os defeitos dos coreanos? As diferenças entre uns e outras técnicas são tão escancaradas que se complexa a resposta na medida em que é por essa é que deve se projetar o futuro do Brasil nesta Copa do Catar.
O Brasil vai jogar as quartas contra a Croácia sem saber ainda se já dotado de recursos necessários e definitivos para ir à final. A Croácia, envelhecida, deixou o futebol vice-campeão na Rússia pelo caminho. No final da goleada, um fato inusitado: o Brasil encontrou tantas facilidades para ganhar que ele próprio se tornou um enigma. Bonito de ver, complicado de se explicar.
Neymar voltou, fez um gol de pênalti e assistiu ao jogo dentro de campo.