Brasil eliminado da Copa pelos erros de Tite. O 7 a 1 está enterrado
Em nenhuma eliminação do Brasil em Copa do Mundo a influência negativa do treinador foi tão forte e decisiva como a que Tite teve nesse fracasso do Catar.
Dos brasileiros que foram a campo e dos que lotaram o Estádio Cidade da Educação, no Catar, o único não cantou o Hino Nacional foi Tite. Com seus sentimentos represados, esse seu silêncio demonstrou a falta de personalidade para comandar o Brasil.
Depois do 1 a 1 com bola rolando, inclusive, com prorrogação, o Brasil perdeu nos pênaltis para a Croácia: 4 a 2.
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Não culpemos o menino Rodrygo ou o zagueiro Marquinhos pela eliminação em razão dos seus pênaltis perdidos. Quando foram para as cobranças, o Brasil já era vítima dos erros do treinador com a bola em jogo.
Um em especial e, por ser fatal, imperdoável: a exclusão de Vinicius Junior no momento em que o Brasil tinha a Croácia sob seu domínio. Não há explicação tática e técnica para esse ato. Simplesmente não há lógica, ainda mais tratando-se de futebol, em que o craque em um dado momento tem o poder de decidir. Só mesmo um treinador que tem limites de raciocínio, e Tite os tem, iria substituir Vinicius.
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Mas o mais grave erro de Tite estava por vir, agora, em um silêncio com fundo de covardia. Na reunião dos jogadores antes da decisão por pênaltis, Tite está ausente e passivo sem intervir nas decisões do grupo. Lembrei da imagem de Zagallo na decisão por pênaltis contra a Holanda, em 1998, em Marselha. O imortal treinador surgiu no meio dos jogadores bradando: “Vocês são os melhores. Vamos ganhar”.
Ao contrário, silente Tite deixou que os jogadores e seus assessores decidissem a ordem dos batedores. Ao omitir-se, deixou que Neymar fosse escalado para ser o último, quando a vitória na decisão dos pênaltis tem como referência os primeiros porque são esses que aumentam ou diminuem a carga emocional.
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No final, o Brasil foi eliminado do Catar, com Neymar, um dos maiores cobradores de pênaltis do mundo, sendo ignorado na decisão.
Pelas circunstâncias, o fracasso no Catar intervém na história, sepultando em definitivo o “Maracanazo” de 1950 e o “7 a 1” de 2014. Tite obriga o povo brasileiro perdoar Flavio Costa e Felipão.
E, assim, a “literariabilidade” que criou expressões como “extremos”, “amplitude”, “jogo apoiado” e “jogador terminal”, tornou-se literatura de ironia e piada.