Opinião

Brasil e Fernando Diniz: nada de novo no front

Por
Augusto Mafuz
14/10/2023 15:25 - Atualizado: 17/10/2023 15:16
Fernando Diniz, técnico da seleção
Fernando Diniz, técnico da seleção | Foto: Vitor Silva/CBF

A seleção brasileira já foi uma "identidade nacional” e "a pátria de chuteiras". Já há tempo esses conceitos patrióticos expressados por Nelson Rodrigues não cabem como adjetivos para a seleção brasileira.

Lotam-se estádios em São Luiz e em Cuiabá por curiosidade em assistir um jogo de famosos e não de ídolos. Quem assiste aos jogos na televisão é apenas para passar o tempo. Se soubesse que continua passando o espetacular “Tom & Elis” (Cine Passeio), tornaria esse tempo mais precioso. A impressão, às vezes, é que se a seleção não jogasse, não faria a menor diferença.

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As Datas Fifa para os brasileiros transformaram-se em um tédio. Por impedirem que nosso time de coração jogue, nos introduz num ambiente de tédio. São dias nostálgicos.

Confesso que Fernando Diniz me despertou a esperança de que a seleção brasileira voltasse a provocar o mínimo de interesse. Fiel ao seu sistema flexível que não atribui papeis específicos aos jogadores, Diniz poderia provocar o sentimento dessa nova geração de torcedores pela Seleção Brasileira. Mas Diniz já começa a decepcionar.

No campo, embora o seu Brasil pense em adotar as suas "ideias atemporais, na prática carrega os mesmos vícios do Brasil Tite com os setores em fragmentos. Troca mais de mil passes para decidir um jogo (Peru) ou empatar outro (Venezuela) com a mais antiga das jogadas que é o gol de cabeça do zagueiro na cobrança de um escanteio.

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À beira do campo, Diniz muda de personalidade. As câmeras de televisão que o flagram aos gritos com os jogadores do Fluminense, são as mesmas que o projetam passivo e submisso a Neymar, Marquinhos, Vinicius Júnior, Casimiro e outras celebridades.

E fora de campo, quem não conhece o seu caráter irrepreensível, já trata algumas convocações como conflito de interesses. É que desde que assumiu, convocou Vanderson e Caio Henrique (Mônaco), David Neres (Benfica), Bruno Guimarães (Newcastle), Gabriel Magalhães(Arsenal), Marquinhos (PSG), Matheus Cunha (Wolverhampton) e Richarlison (Tottenham).

Entre esses jogadores e Diniz há um ponto em comum: o poderoso Giuliano Bertolucci é o agente de todos. Desses só Bruno Guimarães é unanimidade. Marquinhos, pelas falhas fatais, como contra a Croácia no Catar, já não deveria ser absoluto. As convocações de David Neres e Matheus Cunha são inexplicáveis.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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