Brasil é bi olímpico. Santos, do Furacão, é de ouro
Lá estava o goleiro Santos no pódio de Yokohama recebendo a medalha de ouro do futebol olímpico: com a sua humildade soberba, como se vencer fosse se resignar; com o seu olhar sério e sorriso curto próprios da alegria que que fica contida nas almas puras; com o seu ar supremo próprio dos grandes vencedores, e com a camisa canarinha cobrindo o coração atleticano.
Então, lá no pódio de Yokohama, já com a medalha de ouro no peito, Santos deixa que as suas mãos grandes e fortes nascidas para pegar bolas, tenham um momento de ternura para fazer carinho ao ouro que é só seu.
Bem-nascido, bem-criado, bem-educado e bem formado para o futebol na escola suíça do CT do Caju, do Furacão, Santos é um vencedor por inteiro.
Para explicar a sua conquista só mesmo a poesia de Fernando Pessoa, que escrevia com a alma: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.