O Brasil de Dorival Júnior é pior do que o Brasil de Fernando Diniz
Há 16 anos, o Brasil não perdia para o Paraguai. Agora, perdeu: 1x0.
O Brasil de Dorival é pior do Brasil que foi de Diniz. Nesse, nem em seus piores momentos, e que não foram poucos, a Seleção tinha repentes de progresso.
Com Dorival, o futebol da Seleção é tão desprezível, que o conceito extenso, torna-se alarmante. É desprezível por ser desorganizado, provocando a ideia de bando; previsível, por ser incapaz de variar as suas ações; e, pouco lúcido, pois o moderno não está em trocar passes para manter a posse da bola, mas para criar espaços e buscar o gol.
O mais grave é que Dorival ainda não ganhou a consciência exata do tamanho do cargo que exerce. Ao afirmar que "o Brasil estará na final da Copa de 2026", o fez como alguém que ignora a realidade presente, e da qual ele faz parte, e se deixa dominar pela ilusão, tomando como base uma vitória sobre o Equador.
O treinador Dorival tem que ganhar a consciência de outro fato: essa geração é de jogadores comuns. É um viveiro de empresários. Não há nenhum craque. Vinicius Júnior, inclusive. Em seus clubes, poucos deles, tornam-se excelentes, porque estão adaptados a uma ordem praticada à exaustão, com funções específicas e nada conservadoras.
O pessimismo do brasileiro, portanto, tem motivos de tornar-se crônico.