Opinião

Ave, Felipão! Um Athletico preciso ganha em Assunção

Por
Augusto Mafuz
05/05/2023 02:58 - Atualizado: 04/10/2023 22:41
Alex Santana comemora gol pelo Athletico contra o Libertad
Alex Santana comemora gol pelo Athletico contra o Libertad | Foto: José Tramontin/Athletico

Pode se descartar alguns fatores: a neutralidade do Defensores del Chaco, pois a torcida do Athletico exerceu mais influência que a paraguaia, e a fragilidade do Libertad.

Ainda assim, a história do jogo, em um dado momento, vai encontrar a única boa versão do Furacão que se viu nesse 2023. Quem dera fosse a versão definitiva.

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Ganhando, de virada, por 2 a 1, criou uma certeza: dependendo apenas de três pontos dos 12 que ainda irá disputar, sendo seis na Baixada, só um fato extraordinário irá frustrar a sua classificação para as oitavas da Libertadores. O improvável, às vezes, não corre riscos de perder.

O imortal húngaro Puskás, em sua autobiografia, deixou a lição de que muitas coisas, para o bem ou para o mal que decidem a maioria dos jogos, ocorrem nos 15 minutos de intervalo.

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O que teria ocorrido no vestiário do Athletico no intervalo do jogo em Assunção? 

Lembremos.

O seu jogo no primeiro tempo foi um horror. O quadrado com Fernandinho, Vitor Bueno, Pablo e Vitor Roque, que era para tornar o time mais ofensivo, teve um efeito terrível. O time nem atacava, nem marcava e nem defendia. Parecendo anestesiado, estava com o espírito de campeonato paranaense. E pior ainda: o goleiro Bento, que poderia evitar o pior, falhou. Errando um passe na reposição de bola quando a defesa estava adiantada, deu autoridade ao Libertad para marcar com o vetaraníssimo Óscar Cardoso: 1 a 0.

Felipão foi para o vestiário no intervalo. Ave, Felipão!

O Athletico de Paulo Turra voltou com tudo diferente: sem Pablo e Vitor Bueno, com Rômulo e Thiago Andrade, Terans foi jogar no meio, e o excelente Alex Santana mais avançado. E mais: agora, com espírito de Libertadores e com a alma atleticana. Então, o que se viu foi um Athletico excepcional. Impondo a sua supremacia técnica, empatou com Rômulo aos 6’ e virou aos 20’ com Alex Santana, o melhor do time.

Daí, para administrar a vitória, deixou o Libertad jogar. Fez o certo. Quando se enfrenta um time limitado é melhor deixá-lo jogar. Nada acontece.

Bem que essa vitória e o segundo tempo precioso poderiam ser adotados como motivação para o Athletico jogar a partir de agora.   

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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