Paulo Autuori no banco. Para a salvação do Athletico e de Varini
Em Córdoba, contra o Belgrano, do Athletico poderia até ser exigido um pouco mais do que o limite do regulamento, o empate. Uma nova vitória repercutiria como uma supremacia absoluta contra um argentino, não importante que seja de segunda categoria.
Mas sejamos realistas, para sermos sensatos. Do Athletico deve exigir-se apenas um empate para seguir com a esperança (ou a ilusão?) do tricampeonato da Sul-Americana.
Pensando bem, pelos estragos que o seu treinador Martín Varini andou fazendo contra o Inter e o Juventude, o Belgrano tornou-se o menor dos problemas para o Furacão que, em tese, tem time para vencer.
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É definitivo: Varini, por enquanto, não é confiável. Inexperiente, torna-se inseguro. E todo o profissional inseguro, em especial, aquele que exerce uma função que exige raciocínio e decisões imediatas, como é a o de treinador durante um jogo, em regra, erra.
Já perceberam que o Athletico, com Varini, até que começa bem e vai bem até um dado momento do jogo, e que só fracassa depois que começam as substituições?
O treinador uruguaio deveria conhecer mais os ensinamentos de Guardiola. Provocado para explicar a razão de não exercer como regra a faculdade de operar cinco trocas durante o jogo, o genial treinador falou: “Acaba com o trabalho antecedente e quebra a estrutura do time. Só mudo cinco se for por contusão ou cansaço extremo”.
Estava pensando que se Paulo Autuori fosse assistir ao jogo do banco, em Belgrano, seria bom para todos.
Para Varini, que ficaria seguro, mesmo que Autuori ficasse em silêncio. Seria melhor para o Athletico, pois, em um ambiente tenso em razão da rivalidade entre brasileiros e argentinos, o risco de um fracasso iria diminuir. Em risco natural, o Furacão seguirá em frente.