Contra o Fluminense, chegou a hora de Autuori botar a cara para bater no Athletico
No Maracanã, contra o Fluminense, um dos concorrentes diretos, o Athletico vai continuar a sua saga para não ser rebaixado à Segundona nacional.
Confesso que a minha descrença aparente (no fundo, por sentimento, há esperança), não decorre mais das limitações do time. O motivo, desde que Cuca abandonou o Furacão, é a irresponsabilidade do critério adotado para a contratação de um treinador.
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Lembrem.
O presidente Mario Celso Petraglia, sem condições plenas de saúde para decidir, deixou-se enganar por Paulo André e contratou o uruguaio Martín Varini, um estagiário. Deu no que deu: o Athletico iniciou a sua saga de decida no Brasileirão.
Daí, Paulo Autuori voltou a mandar no CT do Caju. Agora, com carta branca, tinha a responsabilidade de buscar a solução com menos riscos. No entanto, não obstante esse poder, não fez nenhuma intervenção na tendência de queda.
Presumia-se que, com a demissão de Varini, Paulo Autuori contrataria um treinador com o mínimo de experiência para diminuir a temerosa tendência. No entanto, contratou o argentino Lucho González, que na única experiência de treinador concorreu para rebaixar o Ceará, e depois, passou a ser assistente.
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Provocado para explicar a razão de contratar Lucho, Autuori respondeu: “Eu gosto de trabalhar com treinadores jovens. Por isso pedi demissão do Internacional, porque com Mano Menezes, o clube não precisava dos meus conhecimentos”.
Então, Autori foi incoerente. Se esse é o seu critério, Varini deveria continuar, por ter apenas 32 anos. Lucho afasta-se desse critério. Aos 43 anos de idade, já deveria ter o mínimo de experiência para enfrentar tamanha responsabilidade que o cargo exige no Furacão.
Autuori repete no Athletico erros em Coritiba e Internacional
Resultado: desde que Lucho assumiu, o Athletico só perde e perde. O histórico profissional e pessoal de Autuori é irrepreensível. No entanto, como dirigente, quer aplicar seus conceitos e critérios sem estar atento ao presente.
Os seus números recentes provam. Em dezembro de 2022, o Internacional obrigou-se a contratar Mano Menezes porque a influência de Paulo Autuori como diretor técnico fracassou junto ao comando do uruguaio Alexander Medina.
Agora mesmo, no Coritiba, Autuori foi um fracasso como diretor técnico. Contratou seu amigo Fábio Matias e o resultado foi que o Coxa passou a ter como projeto não ser rebaixado para a Terceirona.
À demissão de Autuori e Mathias, contratou-se Jorginho. Hoje o Coritiba, pelos números e pelo futebol que anda jogando, tem no mínimo o direito de iludir-se com a volta ao Brasileirão.
O Athletico joga contra o Fluminense, no Maracanã. Está na hora de Autuori botar a cara para bater. A de Mário Celso Petraglia está bem machucada.