É tudo mentira o que John Textor acusa?
Qualquer que seja a sua classe social, o ser humano sofre as influências do ambiente em que vive. Transportada para o futebol, essa verdade ganha um temperamento explosivo.
É que a paixão, em regra, não transige com nada: todos os fatos que se originam do futebol, para serem verdades ou mentiras, são dependentes dos resultados no campo.
John Textor, dono da SAF do Botafogo, acusou que jogadores do São Paulo e do Fortaleza tiveram conduta moral atípica para beneficiar o Palmeiras. Sem provas, só por indicios extraídos de conclusões abstratas da Inteligência Artificial, a acusação foi até ironizada.
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Esperem só. Quando o nome dos jogadores e árbitros citados por Textor à CPI do Senado começarem a circular nas redes, a ironia vai se transformar em dúvida. Logo depois, dependente do resultado, a dúvida de uma derrota perde o seu caráter natural como resultado de futebol, convertendo-se em verdade.
E a CBF, através da sua Justiça Desportiva e as entidades de classe de árbitros e jogadores, continuam omissas. Continuando assim, as acusações de Textor, mesmo sem prova material, vão acabar se transformando em verdade.
Já há uma dúvida: tudo o que Textor vem acusando é mentira?