Pelo Athletico, é hora de Mario Celso Petraglia ler o livro que ganhou em 1998
Na véspera do Natal de 1998, fui dar um abraço e um livro a Mario Celso Petraglia. O livro, era uma reunião das experiências de vida de Richard Edler, um dos maiores publicitários americanos. O nome do livro? "Ah, seu eu soubesse: O que pessoas bem-sucedidas gostariam de ter sabido 25 anos atrás".
Não sei se Petraglia concordou e seguiu alguns dos conselhos lá contidos. Se os ignorou – e se ainda guarda o livro – na página 171 há essa lição:
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“Vinte e cinco anos atrás eu gostaria que alguém tivesse me dito para fazer da próxima perda, a última. Isto significa não tentar salvar uma decisão errada, tentando contornar ou defendê-la. Encare os problemas e os repare, ou então dê o fora”.
Choramingando por aí, o presidente do Athletico dá impressão de que leu o livro. Sentindo-se injustiçado pelas ofensas de arquibancada, está querendo vender o Furacão e dar o fora. Quer usar a alternativa mais cômoda, que é de dar o fora.
Não é a solução. Nesse momento de intensa crise técnica e risco de desequilíbrio financeiro, o que menos o Athletico pode suportar é a saída de Mario Celso Petraglia.
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O que ele precisa é aceitar os erros que vem praticando na administração do futebol,
sem procurar corrigi-los. Se o Athletico ganhou o bicampeonato da Sul-Americana (2018 e 2021) e a Copa do Brasil (2019), foi porque teve time e comando técnico.
A permanência de Martín Varini como técnico é o exemplo definitivo de que, ao não demiti-lo, pretende defender o seu erro. Uma classificação sobre o Vasco, na próxima quarta-feira (11), pela Copa do Brasil, só iria disfarçar o que terá de ser feito caso o Athletico não ganhe do Fortaleza, no sábado (14), pelo Brasileirão.
Ah, tem mais uma lição importante no livro, ainda a tempo de o presidente atleticano aprender: “Não tenha medo ou vergonha de acreditar em Deus, e de amadurecer espiritualmente”.