Para dar um golpe no Paraná, Leonardo Oliveira se fez de covarde
A renúncia, às vezes, tem um sentido nobre, como o do desapego e da libertação, pois, não querer é poder, escreve Fernando Pessoa. Mas há renuncia que tem outro sentido: uma aparente covardia que é usada como instrumento de um golpe.
Esse é o único sentido que se pode dar à renúncia de Leonardo Oliveira, da presidência do Paraná. Entendo que a renúncia é um golpe e só possível para aqueles que não têm nenhum constrangimento de se apresentarem como covardes.
No caso, Leonardo usa a renúncia para criar um instrumento de permanência no comando do Paraná, através do exercício da função de interventor judicial.
Ficará desconfortável perante a opinião pública e para a Justiça do Trabalho como instituição, se o irrepreensível magistrado federal José Wally Gonzaga Neto manter como seu representante, alguém como Leonardo, que dilapidou uma instituição cujos fins são de natureza social.
A simples renúncia de Leonardo não é o bastante para o Paraná iniciar uma nova vida. O novo Conselho Deliberativo, cuja maioria é de integrantes da Torcida Organizada Fúria Independente, tem a obrigação de tomar providências: eleger um presidente capaz de recuperar financeira, técnica e moralmente o Paraná, e adotar providências judiciais para apurar a responsabilidade de Leonardo Oliveira, Casinha, Benedito Barbosa, e todos aqueles que diretamente estiveram envolvidos com a administração renunciante, que foram derrotados na eleição do Conselho Deliberativo.
Não conheço mais os paranistas da velha cepa. Dos novos, talvez, a solução esteja em um convite a João Carvalho, o João Quitéria. Sério, inteligente, empresário criador, talvez, seja o único a poder agregar um grupo que venha a iniciar a salvação do Paraná.