Cuca é homem ou oportunista, covarde e traidor?
Não conheço Cuca pessoalmente. Mas sua conduta como treinador sempre provocou-me suspeitas: às vezes, usa questões familiares para abandonar um clube. Outras vezes, culpa dirigentes que não cumpriram promessas.
Agora, culpa a pressão da torcida para ir embora do Athletico, como fez após o empate contra o Corinthians, nesse domingo (23), na Baixada.
Se Cuca confirmar sua disposição de ir embora, só um adjetivo não irá lhe cair bem: a de vítima.
Todos os outros irão vesti-lo, deixando-o à vontade:
- Oportunista, porque viu no Athletico o único clube capaz de pagar a conta moral que ele estava devendo para a sociedade por conta da denúncia por estupro na Suíça;
- Covarde, porque estaria usando como motivo para sair uma reação popular que não é contra ele, mas contra as circunstâncias, coisa da paixão;
- E traidor, porque por trás do motivo covarde deve estar uma proposta milionária de algum clube, como Cruzeiro, Atlético Mineiro ou o Corinthians.
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O Athletico foi o único clube que deu a Cuca a chance de voltar a mostrar que é um grande treinador. Agora, o Furacão quer dar a Cuca a chance de mostrar que é homem de caráter.
A última bola foi do Athletico e Zapelli a perdeu contra o Corinthians
Como nos jogos contra o Flamengo e o Botafogo, o Athletico ganhava do Corinthians, na Baixada, por 1 a 0, gol de Christian (cabeça) aos 45’ do primeiro tempo. Como naqueles jogos, nesse submetia o Timão ao seu futebol bem ordenado, inteligente e, portanto, brilhante.
A magnitude dos três golpes é obra do acaso? Há uma doutrina espírita que, ao tratar da lei de causa e efeito, ensina que nada acontece por acaso. Há sempre uma razão que nós próprios criamos para que justifique um fato positivo ou negativo.
Bem por isso, embora sem esse caráter ideológico, concluiu o Nobel de Literatura, Albert Camus, que “a vida é a soma de todas as suas escolhas”. Clique aqui para ler esta coluna de Augusto Mafuz por completo!